quarta-feira, 18 de março de 2015

A apropriação de uma cultura

Alguns grupos ciganos reclamam da apropriação de cultura realizada pelos gadjés (não ciganos). Uma destas apropriações é especialmente por via da moda, onde vende produtos desta cultura, recebem grandes lucros e não retornam à fonte. Apropriação é pegar algo de alguém, usar e não retornar de onde veio. A cultura da moda vira e mexe e coloca acessórios, roupas ditas ciganas estilizadas, mas não explicam a fundo sobre esta cultura, não se esforçam em desfazer o mal entendido hisórico que os não ciganos têm deles, não fazem uma contrapartida com alguma comunidade.

Não é que não podemos usar suas roupas e criar junto a elas, mas vamos conhecendo e ajudando a desmistificar este povo.

  


 

 

domingo, 15 de março de 2015

Minha primeira cigana


A primeira vez que coloquei uma saia cigana foi em 2008 durante o curso de teatro no SESC. Era uma personagem chamada Madame Pollacka. Uma cigana corcunda que colocava cartas, de dentes negros e cabelos desgrenhados. Uma personagem de apenas 15 minutos em cena mas que muito me marcou e me trouxe felicidade. Esta saia era de uma amiga cigana argentina que me emprestou. Nunca percebi o tanto de vida que existia neste pano. Muito feliz por essa energia ter passado por mim  e agora ter ficado. 

Boa semana!!!

quarta-feira, 11 de março de 2015

segunda-feira, 9 de março de 2015

A nossa dança é da lua a filha

Aulas de Dança Cigana voluntária dentro do Centro de Atenção Psicossocial II (CAPS) no Distrito Federal.

Com a nossa dança nos abrimos para o desconhecido dentro de nós, nos acolhemos, amadurecemos e voltamos para o mundo o balançar de nossas saias e alegria de nosso bailado.






sexta-feira, 6 de março de 2015

Ciganos de Buzescu - Romenia

Boa noite a todos os visitantes.
Hoje a noite passou uma reportagem no Globo Repórter que citava os ciganos romenos moradores de Buzesco. A reportagem dedicou uns cinco minutinhos para falar de algumas comunidades ciganas na Romenia e suas casas luxuosas.

O National Geographic já havia realizado uma entrevista a respeito.
Trago as imagens e a tradução das legendas destas imagens. Todo material retirado do site.

Uma fantasia de estilos, de templos a castelos, pelas ruas de Buzescu cuja a população atinge 5.000 pessoas. Homens geralmente estão tratando dos negócios, as mulheres ricas ou não cozinham, limpam e cuidam das crianças.

Zaharia Bureata veste em uma manhã de pascoa uma gravata de fios de ouro. Outros da cidade  copiaram seu estilo. "Pessoas acham que todos os Roma são pobres e imundos. Eles deveriam nos conhecer"

Os irmãos gemeos de 6 anos esperam a festa da pascoa. Eles vivem uma das mansões ciganas. A maioria dos ciganos ricos de Buzescu deixam os livros de lado e trabalham com mercado, de prata e outros metais

Jovens ciganos têm boas chances de estudar. A escola não enfatiza na comunidade dos Roma e os pais querem que seus filhos ganhem dinheiro o mais rápido possível e as filhas auxiliam para ajudar os irmãos mais novos. Em toda a Europa Oriental os ciganos são alvos de preconceitos e discriminação em sala de aula. Acelerando as suas despedidas dos estudos.

Os ciganos de Buzescu tem um apego as decorações extravagantes. Vandana Ispilante acompanha sua filha Edera de 13 anos em um quarto que mais se parece com uma suite de lua de mel, com exceção a imagem da Virgem Maria na cabeceira da cama. Em seu guarda-roupa não existe os lenços e roupas floridas, como é de tradição.

Os pais parecem dar tudo aos seus filhos, desde carros até bonecos. Que são a companhia de Madalina.

As aparencias importam dentro das grandes casas. Casi, de 13 anos que estar bonita para o seu futuro marido, Sami de 14 anos (foto em seu guarda-roupa). Casamentos arranjados entre crianças são comuns em boa parte das familias ciganas de Buzescu. Casi já vive com a familia de Sami, mas seu casamento será oficial quando os dois tiverem 17 anos.

Muitos dos espaços de suas casas são usadas para feriados, casamentos e funerais. 

Fotos realizadas por Karla Gachet e Ivan Kashinsky

domingo, 1 de março de 2015

Pandeiros Ciganos


Neste ano tive a oportunidade de confeccionar mini pandeiros ciganos pela minha lojinha de artesanato Mandalas Ao Vento. Os mini pandeirinhos foram produzidos e vendidos em Recife. Por enquanto aqui no DF ainda não encontrei o material para realiza-lo. Cada pandeirinho saía a R$ 12,00 Foi um lindo aprendizado, atividade de paciência e conhecimento para produzi-los. 

Uma breve história sobre os pandeiros ciganos: Conta-se que os pandeiros ciganos tem em sua simbologia a reunião de quatro elementos da natureza: terra, ar, água e fogo. O seu tambor é a terra, as suas fitas as águas, o seu som o fogo e o seu movimento o ar. Estes elementos quando juntos podem realizar limpeza de campo energético. São dançados juntamente com as músicas mais folclóricas. Depois falamos mais sobre eles!

Agradeço imensamente ao povo cigano que nos acompanha em terra e no espiritual. 

Uma linda semana a todas e todos!

Uma linda música para dançarmos com nosso pandeiros. 
Vamos bailar?