terça-feira, 14 de abril de 2015

Ciganos de Luz DF apresentação

Na terça-feira do dia 07/abr tivemos mais uma apresentação voluntária do grupo Ciganos de Luz DF. Desta vez fomos ao Hospital de Base em Brasília/DF no setor de psiquiatria. 
Evento: "Quebrando Preconceitos" e foto de Hmenon Oliveira.




segunda-feira, 13 de abril de 2015

Rosa dos Ventos

O ar, aquele que leva, traz, renova com suas piruetas abaixo das saias, por dentro dos colarinhos, entra pelo nariz e sai pelos poros. Alastra o fogo e transmuta a energia. Rosa dos Ventos, das diversas direções, das encruzilhadas, das dúvidas e da leveza da incerteza para que o coração florei o novo, o outro  com carinho e respeito.

Hoje temos uma logo. Baseada na tatuagem que fiz para minha mãe, nos pontos cardeais, no laranja das relações, nas folhas sagradas e no verde da cura. Vamos bailando em expansão.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Apresentação Ciganos de Luz DF

Amanhã de manhã tem apresentação do grupo Ciganos de Luz DF no Hospital de Base em Brasília!
O Ciganos de Luz DF é um grupo voluntário que leva a dança cigana com suas cores para um encontro de trocas afetivas em espaços como hospitais, creches, asilos, eventos e outros. Vamos desmistificando aos poucos a cultura social de se torcer o nariz para as pessoas que estão em atendimento psiquiátrico e para a cultura cigana. Se por aqui alguém se interessar em levar o nosso bailado, pode entrar em contato, iremos com muita alegria!



quarta-feira, 18 de março de 2015

A apropriação de uma cultura

Alguns grupos ciganos reclamam da apropriação de cultura realizada pelos gadjés (não ciganos). Uma destas apropriações é especialmente por via da moda, onde vende produtos desta cultura, recebem grandes lucros e não retornam à fonte. Apropriação é pegar algo de alguém, usar e não retornar de onde veio. A cultura da moda vira e mexe e coloca acessórios, roupas ditas ciganas estilizadas, mas não explicam a fundo sobre esta cultura, não se esforçam em desfazer o mal entendido hisórico que os não ciganos têm deles, não fazem uma contrapartida com alguma comunidade.

Não é que não podemos usar suas roupas e criar junto a elas, mas vamos conhecendo e ajudando a desmistificar este povo.

  


 

 

domingo, 15 de março de 2015

Minha primeira cigana


A primeira vez que coloquei uma saia cigana foi em 2008 durante o curso de teatro no SESC. Era uma personagem chamada Madame Pollacka. Uma cigana corcunda que colocava cartas, de dentes negros e cabelos desgrenhados. Uma personagem de apenas 15 minutos em cena mas que muito me marcou e me trouxe felicidade. Esta saia era de uma amiga cigana argentina que me emprestou. Nunca percebi o tanto de vida que existia neste pano. Muito feliz por essa energia ter passado por mim  e agora ter ficado. 

Boa semana!!!

quarta-feira, 11 de março de 2015

segunda-feira, 9 de março de 2015

A nossa dança é da lua a filha

Aulas de Dança Cigana voluntária dentro do Centro de Atenção Psicossocial II (CAPS) no Distrito Federal.

Com a nossa dança nos abrimos para o desconhecido dentro de nós, nos acolhemos, amadurecemos e voltamos para o mundo o balançar de nossas saias e alegria de nosso bailado.






sexta-feira, 6 de março de 2015

Ciganos de Buzescu - Romenia

Boa noite a todos os visitantes.
Hoje a noite passou uma reportagem no Globo Repórter que citava os ciganos romenos moradores de Buzesco. A reportagem dedicou uns cinco minutinhos para falar de algumas comunidades ciganas na Romenia e suas casas luxuosas.

O National Geographic já havia realizado uma entrevista a respeito.
Trago as imagens e a tradução das legendas destas imagens. Todo material retirado do site.

Uma fantasia de estilos, de templos a castelos, pelas ruas de Buzescu cuja a população atinge 5.000 pessoas. Homens geralmente estão tratando dos negócios, as mulheres ricas ou não cozinham, limpam e cuidam das crianças.

Zaharia Bureata veste em uma manhã de pascoa uma gravata de fios de ouro. Outros da cidade  copiaram seu estilo. "Pessoas acham que todos os Roma são pobres e imundos. Eles deveriam nos conhecer"

Os irmãos gemeos de 6 anos esperam a festa da pascoa. Eles vivem uma das mansões ciganas. A maioria dos ciganos ricos de Buzescu deixam os livros de lado e trabalham com mercado, de prata e outros metais

Jovens ciganos têm boas chances de estudar. A escola não enfatiza na comunidade dos Roma e os pais querem que seus filhos ganhem dinheiro o mais rápido possível e as filhas auxiliam para ajudar os irmãos mais novos. Em toda a Europa Oriental os ciganos são alvos de preconceitos e discriminação em sala de aula. Acelerando as suas despedidas dos estudos.

Os ciganos de Buzescu tem um apego as decorações extravagantes. Vandana Ispilante acompanha sua filha Edera de 13 anos em um quarto que mais se parece com uma suite de lua de mel, com exceção a imagem da Virgem Maria na cabeceira da cama. Em seu guarda-roupa não existe os lenços e roupas floridas, como é de tradição.

Os pais parecem dar tudo aos seus filhos, desde carros até bonecos. Que são a companhia de Madalina.

As aparencias importam dentro das grandes casas. Casi, de 13 anos que estar bonita para o seu futuro marido, Sami de 14 anos (foto em seu guarda-roupa). Casamentos arranjados entre crianças são comuns em boa parte das familias ciganas de Buzescu. Casi já vive com a familia de Sami, mas seu casamento será oficial quando os dois tiverem 17 anos.

Muitos dos espaços de suas casas são usadas para feriados, casamentos e funerais. 

Fotos realizadas por Karla Gachet e Ivan Kashinsky

domingo, 1 de março de 2015

Pandeiros Ciganos


Neste ano tive a oportunidade de confeccionar mini pandeiros ciganos pela minha lojinha de artesanato Mandalas Ao Vento. Os mini pandeirinhos foram produzidos e vendidos em Recife. Por enquanto aqui no DF ainda não encontrei o material para realiza-lo. Cada pandeirinho saía a R$ 12,00 Foi um lindo aprendizado, atividade de paciência e conhecimento para produzi-los. 

Uma breve história sobre os pandeiros ciganos: Conta-se que os pandeiros ciganos tem em sua simbologia a reunião de quatro elementos da natureza: terra, ar, água e fogo. O seu tambor é a terra, as suas fitas as águas, o seu som o fogo e o seu movimento o ar. Estes elementos quando juntos podem realizar limpeza de campo energético. São dançados juntamente com as músicas mais folclóricas. Depois falamos mais sobre eles!

Agradeço imensamente ao povo cigano que nos acompanha em terra e no espiritual. 

Uma linda semana a todas e todos!

Uma linda música para dançarmos com nosso pandeiros. 
Vamos bailar? 



sábado, 28 de fevereiro de 2015

Quando tudo começou


Iniciei na o volar de minhas saias na dança cigana ainda em outra vida. Nesta vida, filha de gadjon e gadjin cresci em meio de cores e floreios misticos sob o céu, que tanto me acompanhava em meus pedidos, nas estrelas que tilintavam e nos ciclos lunares que caminhavam ao meu lado quando regressava a minha casa. Desde que me entendo por gente, sempre fui de colo em colo, de casa em casa, de cidade em cidade, sem a tristeza de deixar algo para trás ou com algum apego de carne, o que mais me doía eram as inseguranças de um novo caminho. Mas os pés sujos, estes se mesclam a minha carne de artista, artesã, professora com lua em aquário. 

Sempre curiosa, enquanto estava na graduação tentava descobri que dança meu corpo bailava, tentei dança de salão, tribal fusion, contemporâneo, nada além do que 2 meses, 4 meses ou algumas semanas. Quando enfiei na cabeça que gostaria de experimentar a dança flamenca, encontrando perto de minha casa a dança cigana. Comecei as aulas e por razões de quem tem fogo nos pés saí. Espreitando amizade com Taciana, minha grande parceira e mulher que tanto admiro, descobri as aulas de dança cigana da professora e minha mestra Roberta do Espírito Santo. Como nunca tive nada perto, suas aulas ficavam a 1h30 de minha casa, sem contar com a ajuda do ônibus lendário hahha. 

Desde 2012 até 2013 fiz parte de sua turma. Descobri um outro corpo para mim, me vi reencontrando raízes e o florescer do meu encontro ancestral. Desde que coloquei meus pés neste bailado minha intuição aguçou, minha amorosidade com o outro se fortaleceu. Fiz parte de um grupo com apresentações voluntárias em espaços carentes de afetos e eventos, os Ciganos de Luz, grupo que tenho grande carinho. 

Em 2014 me mudo para Brasília / Distrito Federal para realizar o mestrado acadêmico pelo Programa de Pós-Graduação em Arte na Universidade de Brasília. Tenho desde 2012 um projeto artístico social com pessoas de sofrimento psiquico chamado Doida de Pedra (nosso facebook). Com a mudança de cidade e nas condições financeiras, pensei antes de minha vinda em falar com a minha professora e saber se eu estaria apta em ministrar aulas de dança cigana. Como a vida se conecta e o que é lançado ao universo ele responde, nem precisei falar nada para que em uma conversa ela me liberasse para o mundo com esta dança. 

Tendo a sua benção iniciei a turma de dança cigana no Centro de Atenção Psicossocial II (CAPS) no Setor Administrativo de Taguatinga/DF. O mesmo grupo que existe em Recife também se firmou aqui, tendo os Ciganos de Luz DF. Neste periodo de estádia no DF conheci uma comunidade cigana Calon que me acolheu com muito amor e a quem tenho total respeito e consideração, me auxiliando também em minha pesquisa. Hoje sou muito grata a esta dança e a cultura do povo cigano, que por mais eu seja gadjin (não cigana) me sinto dentro em respeito.   


Vamos bailar???

 



sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Aulas de Dança Cigana em Sobradinho-DF


E os ventos limpam a visão permitindo abrir um novo ciclo de expansão junto com a dança cigana. Todos são muito bem vindos! Com corpos disponíveis na doação e recebimento de alegrias e afetos!

Aulas de Dança Cigana em Sobradinho-DF
Início das aulas no dia 11/03
Todas as quartas-feiras das 17h15 as 19h (aula dupla)
Academia Wanja Motta
Qd. 5, Cl. 4, Lote 1 (virada para a Qd.3)
Investimento: R$ 80,00

Vamos bailar!